sexta-feira, 15 de junho de 2012

FUNCEB ITINERANTE segue para seu destino final: Cruz das Almas

Agora vamos rumo à sexta e última cidade visitada nesta edição do FUNCEB ITINERANTE: Cruz das Almas, localizada no Território de Identidade 21 - Recôncavo, no Macroterritório 2. O município, com população estimada de 58 mil habitantes, é um importante polo universitário da região e promove um dos maiores festejos juninos do Nordeste, conhecidos também pela tradicional e controversa guerra de espadas.

No domingo, 17 de junho, o encontro de debate das políticas públicas para as Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro acontece no Centro Educacional Cruzalmense - CEC (Rua Juracy Magalhães, s/n - Centro). O credenciamento de participantes é das 8h30 às 9 horas, e o encontro segue até as 18 horas, com intervalo de almoço entre meio-dia e 14 horas.

Participem!

Dom Quixote – A Saga do Herói Sem Fim

Projeto vai circular em quatro cidades baianas com apresentação de espetáculo e oficina gratuita de teatro para crianças e adolescentes


Contemplado pela 1ª Chamada do Calendário das Artes 2012, mecanismo de apoio a projetos artístico-culturais de pequeno porte na Bahia, o espetáculo “Dom Quixote – A Saga do Herói Sem Fim”, com direção de Cleilton Silva, é encenado por 19 crianças e adolescentes participantes do projeto de intervenção teatral para escolas da rede pública do município de Quijingue, o Teatro Para Todos (TPT).

A peça conta a história de Dom Quixote, um engenhoso fidalgo viciado em livros de cavalaria que vende as suas terras para comprá-los e, depois disso, decide investir contra as injustiças do mundo como cavaleiro andante. De imaginação fantasiosa e patética, Dom Quixote pensa enfrentar monstros grandiosos quando, na verdade, são moinhos de vento. Ele é auxiliado por seu vizinho e rude lavrador Sancho, que nada entende de cavalaria andante, mas que aceita seguir o alucinado na crença de se tornar governador de uma ilha.



A montagem, além de ter ficado em cartaz em maio de 2010, em Quijingue, percorreu outras cidades do estado, tendo sido, no mesmo ano, vencedora do Fórum Intermunicipal de Teatro Amador da Bahia (FITA), em Juazeiro. Também levou todas as estatuetas do prêmio na modalidade infantil: espetáculo, ator, atriz e direção.

Com o apoio do Calendário das Artes, “Dom Quixote” faz nova circulação por quatro municípios baianos no próximo mês de julho: Feira de Santana, Conceição do Coité, Euclides da Cunha e a própria Quijingue. O ingresso custará R$ 3. Também serão oferecidas oficinas de teatro gratuitas para crianças e adolescentes nos mesmos dias e locais das apresentações.


Acompanhe a programação, que sempre promove as oficinas às 8 horas da manhã e o espetáculo, às 19 horas.

FEIRA DE SANTANA
Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA)
6 e 7 de julho

CONCEIÇÃO DO COITÉ
Centro Cultural Ana Rios
13 e 14 de julho

EUCLIDES DA CUNHA
Auditório do Educandário Oliveira Brito
20 e 21 de julho

QUIJINGUE
Auditório CEAQ
27 e 28 de julho

Informações: 75 9851-5794

As fotos de divulgação desta postagem foram fornecidas pela produção do projeto.

Farrapos Cia. de Teatro apresenta “Álbum de Família”

Universo rodriguiano em cena, em Euclides da Cunha

O espetáculo teatral inspirado em um dos textos mais provocantes do dramaturgo Nelson Rodrigues subiu ao palco do Auditório do Educandário Oliveira Brito nesta sexta-feira, 15 de junho, após uma pré-estreia na véspera. Sob a direção de Jean Fabrício, o elenco de oito atores encarou, pela primeira vez, o desafio de dar corpo a um texto de Rodrigues. No currículo da companhia, no entanto, constam montagens de “Vidas Secas”, “Bicho de Sete Cabeças”, “Canudos” e “O Pagador de Promessas”, além da promoção de oficinas de teatro em escolas públicas da região.

Jean Fabrício, diretor da Farrapos Cia. de Teatro

“Álbum de Família” continua em cartaz em Euclides da Cunha até 16 de junho, sábado, e segue, segundo Jean, para temporadas em Monte Santo, Canudos e Tucano, no mês de julho.

Veja imagens da peça:

Preparação no camarim




Luz, câmera, Sertão!

A cultura nordestina e a saga de Canudos em foco

Na Produtora de Audiovisual Os Sertões – Imagens da Vida, que integra o Ponto de Cultura OS SERTÕES, em Euclides da Cunha, acontecem oficinas de audiovisual, onde jovens aprendem a operar equipamentos de filmagem e técnicas de decupagem, edição e finalização. O coordenador do projeto, Antenor Simões Júnior, se orgulha ao exibir as imagens do DVD “Os Sertões na Praça”, projeto contemplado em 2011 pelo Calendário de Apoio a Projetos Culturais (hoje transformado em Calendário das Artes) da Fundação Cultural do Estado da Bahia.

Antenor Júnior, diretor, pesquisador e roteirista de “Os Sertões na Praça”

O documentário registrou a realização da edição do ano passado da Semana Cultural Os Sertões, que acontece anualmente em Euclides da Cunha e municípios do semiárido baiano. A programação do evento incluiu congresso estudantil, do qual participaram mais de 200 pessoas, e uma feira cultural que reuniu apresentações de teatro, dança, exposições fotográficas, dentre outras linguagens artísticas.

Assista ao vídeo na íntegra:

Manancial de cultura no Sertão

Um encontro com artistas e pesquisadores no Espaço Nordeste, em Euclides da Cunha

O Sertão ainda não virou mar, como profetizou Antônio Conselheiro, líder do movimento antirrepublicano de Canudos, mas, quando na antiga sede de uma cadeia pública vê-se brotar uma casa de fomento à cultura, pode-se reconhecer a fertilidade das artes e costumes sertanejos.

No Espaço Nordeste, inaugurado em 2011, acontecem oficinas de artesanato regional, programas de leitura e de inclusão digital, além de eventos culturais das mais diversas linguagens. Ponto de encontro entre comunidade e artistas, foi lá que a equipe do FUNCEB ITINERANTE pôde conhecer um pouco mais do trabalho de alguns sertanejos fortes, como bem definiu o jornalista e escritor que dá nome à cidade.

Sala de leitura do Espaço Nordeste

Cláudia Bitencourt é paulista de nascimento, mas há 17 anos tornou-se cidadã euclidense. Prova do seu sentimento de pertencimento à terra é seu trabalho, exposto no Espaço Nordeste, intitulado “As Faces do Sertão nas Xilogravuras de Cordel: Cantos e Contos”. As esculturas em MDF fazem uma releitura tridimensional de xilogravuras de cordel de Severino Borges e Costa Leite, que remetem ao universo imagético sertanejo.

Exposição “As Faces do Sertão nas Xilogravuras de Cordel: Cantos e Contos”, de Cláudia Bitencourt

A artista visual, que também produz sob encomenda para decoração de espaços e residências, planeja outra coleção por ocasião da Semana Cultural dos Sertões, que acontece em novembro, em Euclides da Cunha, e neste ano homenageia o centenário de nascimento de Luiz Gonzaga.

A artista visual paulista Cláudia Bitencourt mora em Euclides da Cunha há 17 anos

José Dionísio Nóbrega, autor de “Euclides da Cunha e o Sertão de Canudos (Ensaio sobre o Povoamento da Região)”, é administrador por formação, mas há mais de 30 anos desenvolve pesquisas sobre os episódios históricos em torno não apenas dos embates entre os seguidores de Antônio Conselheiro e as tropas republicanas, mas também da formação e da memória dos povos das redondezas.

O interesse pelo tema vem desde a infância, das viagens às feiras de Canudos acompanhado do pai, vendedor de carnes. Para ele, “o resgate de Canudos veio do alto para baixo e de fora para dentro”, e é preciso contar aspectos ignorados pela história oficial e, inclusive, por Euclides da Cunha em “Os Sertões”, obra que é referência sobre os embates separatistas, sobre a qual José Dionísio aponta incorreções.

O escritor José Dionísio Nóbrega

De personalidade espirituosa, o pesquisador conta que tem quatro livros em processo de finalização e planeja lançar dois CDs, um deles com repertório em francês, com a tiragem total de três mil exemplares, para distribuição entre amigos. “Sou mais humilde que Roberto Carlos e Caetano Veloso”, brinca.

Manoel Neto é professor do curso de História da Universidade do Estado da Bahia e coordena o Centro de Estudos Euclides da Cunha. A sua passagem pelo Espaço Nordeste se deu por ocasião da exibição do documentário “Vaqueiros Canudos”, cuja direção e roteiro divide com o fotógrafo Miguel Teles. O filme retrata “a cosmovisão do vaqueiro, a religiosidade, os costumes, a vida em família, as agonias e as relações de trabalho”, como explica Manoel. Elementos culturais como as festas e encontros, a produção de peças de couro nos curtumes, os aboios, cânticos e rezadores compõem o registro, com fotografia de Roque Araújo e narração do jornalista José Raimundo.

Manoel Neto ao lado de José Dionísio Nóbrega, o fotógrafo e cineasta Antenor Júnior e Daniel Carneiro, assessor da Diretoria de Audiovisual da FUNCEB

A obra, que recebeu apoio da Diretoria de Audiovisual da FUNCEB (Dimas), foi lançada em 2007, na Sala Walter da Silveira, em Salvador. Reconhecido com menção honrosa no Festival Nacional de Cinema e Vídeo Rural de Piratuba, que acontece em Santa Catarina, “Vaqueiros Canudos” já foi exibido na Feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro; no Festival de Aboios de São José dos Ramos, da Paraíba; e até em um encontro de canudenses que moram em São Paulo. “Já me ofereceram cópia pirata do documentário no camelô, antes mesmo de ele ser lançado no cinema”, conta Manoel.

Exibição do filme “Vaqueiros Canudos” no Espaço Nordeste

Um museu de grandes novidades

A história de Euclides da Cunha ao toque do mouse: cultura digital no Sertão da Bahia

A antiga marinete que fazia o transporte entre Euclides da Cunha, Salvador e Aracaju, em 1954. As bodas de ouro de Dona Acydália e do Sr. Lua, em 1964. A entrada do Cine Maria da Graça, primeiro cinema da cidade, em 1965. Não fosse o trabalho meticuloso e dedicado de Ney Campos, essas fotografias, publicadas no Museu do Cumbe (www.museudocumbe.com), teriam se perdido em uma gaveta esquecida ou em algum lugar do tempo.

Ney Campos no seu local de trabalho

O Museu do Cumbe, que homenageia o nome que a cidade tinha antes de ser batizada como Euclides da Cunha, é um acervo digital que reúne centenas de fotografias, textos e arquivos de áudio que contam a história do povo euclidense. O site foi publicado em 2007, mas, dez anos antes, Ney já começava a pesquisar e digitalizar os registros que hoje podem ser vistos de qualquer lugar do mundo, através da internet.

A página virtual, que conta com mais de 165 mil acessos, é alimentada periodicamente com imagens antigas e atuais, biografias de personalidade de ontem e de hoje, e memórias das instituições e dos patrimônios da cidade, através do envio por e-mail (neycampos@bol.com.br) e da coleta presencial em residências e entidades. Graças ao projeto de Ney, que trabalha com equipamentos de segurança eletrônica, a memória virtual da internet colabora para manter segura e disponível uma parte importante da memória de Euclides da Cunha.

O encontro do FUNCEB ITINERANTE em Euclides da Cunha

Euclides da Cunha, do Território de Identidade 17 - Semiárido Nordeste II, sediou o quinto encontro do FUNCEB ITINERANTE 2012, representando o Macroterritório 3 da Bahia. O evento aconteceu, no turno matutino, no auditório do Educandário Oliveira Brito e, no vespertino, no Colégio José Aras.

Músicos, atores, artistas visuais, artesãos, cordelistas, realizadores de audiovisual, dançarinos, capoeiristas, educadores e gestores de instituições culturais e do poder público estiveram presentes. Havia participantes da própria Euclides da Cunha e das cidades de Conceição do Coité, Quijingue e Tucano. A fala de abertura foi da secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer do município, Maria Auxiliadora Moura de Oliveira, seguida da Representante Territorial de Cultura, Maria Karina Andrade.

Maria Auxiliadora Moura de Oliveira, secretária de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Euclides da Cunha, fez a fala de abertura

Maria Karina Andrade, Representante Territorial de Cultura, falou da mobilização da comunidade cultural do Território Semiárido Nordeste II

Depois das apresentações iniciais, que incluem as informações básicas para que a comunidade cultural tenha entendimento do que é a FUNCEB, como ela funciona e quais são suas principais ações e prioridades para o ano de 2012, o debate foi estabelecido. A demanda mais frequente apontada pelos participantes foi a de formação e qualificação de artistas. Também foram trazidas questões de comunicação e acesso às informações relativas às realizações da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, a importância de reconhecimento e de incentivo à manutenção de tradições e manifestações populares do Sertão baiano e a necessidade de se estabelecer um sistema integrado de trabalho entre os poderes municipal, estadual e federal na área da Cultura.

Alexandre Molina, diretor de Artes da FUNCEB, apresenta a instituição para os presentes

Dentre os presentes, estavam Antenor Júnior, que respondeu pela direção, pesquisa e roteiro do documentário “Os Sertões na Praça”, realizado com recursos do Calendário de Apoio a Projetos Culturais 2011, e Cleilton Silva, contemplado na 1ª Chamada do Calendário das Artes 2012, para executar o projeto de teatro “Dom Quixote – A Saga de um Herói Sem Fim”.

Cleilton Silva, ao lado de Carolina Andrade, Elissan Brito e Ana Maria Cavalcante, vai realizar o projeto de teatro "Dom Quixote - A Saga de um Herói Sem Fim", que foi contemplado pela 1ª Chamada do edital Calendário das Artes 2012, da FUNCEB

Após o intervalo do almoço, os participantes foram então apresentados ao Calendário das Artes, mecanismo promovido pela FUNCEB de incentivo a projetos artístico-culturais de pequeno porte na Bahia. A expectativa é de que mais pessoas da região estejam preparadas para ter suas propostas também inscritas e contempladas pelo edital.

Depois, todos se dividiram em grupos, para um aprofundamento das discussões específicas de cada setor artístico. Por fim, foi feita a eleição de membros dos Grupos de Articulação Setorial (GAS), que, ao lado de representantes eleitos em toda a Bahia, vão dar andamento ao processo de formação dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, previstos no artigo 13 da Lei 12.365/2011 – Lei Orgânica da Cultura.

Foram eles:
Audiovisual
Titular: Antenor Simões Santana Júnior
Não houve suplente
Dança
Titular: Edmundo Borges Costa Lima Junior
Não houve suplente
Música
Titular: Emanuel Dantas Ribeiro da Silva
Suplente: Antonio Braz Silva Rocha
Teatro
Titular: Cleilton Silva Santos
Suplente: Luciano do Carmo Tavares

Os eleitos para os Grupos de Articulação Setorial

Para as áreas de Artes Visuais, Circo e Literatura, não houve indicação presencial, contudo, os eleitos, juntamente com a coordenadora do Macroterritório 3, Aloma Lopes Galeano, e a Representante Territorial de Cultura Maria Karina Andrade, encaminharão para a FUNCEB os nomes dos titulares e suplentes indicados para estes setores.

Muito obrigado pela participação de todos!